Mercado imobiliário tá bombando, mas o motivo é a valorização dos imóveis, não o aumento de vendas

        Imagem: Max Zolotukhin/iStock

Duas notícias recentes confirmaram algo que eu já vinha notando nas minhas conversas com as imobiliárias parceiras: o mercado imobiliário está voltando a superaquecer! Mas não é bem porque a quantidade de vendas explodiu, e sim porque os imóveis estão cada vez mais caros.

Uma reportagem da Reuters, baseada em dados da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (Cbic), mostrou que a venda de casas e apartamentos no Brasil cresceu 9,6% no primeiro semestre deste ano em relação a 2024, chegando a mais de 206 mil imóveis vendidos. Além disso, a quantidade de novos projetos lançados também subiu 6,8%.

E sabe qual foi um dos grandes motores disso tudo? O novo Programa Federal Minha Casa, Minha Vida (MCMV), que agora atende famílias com renda mensal de até R$ 12 mil. Essa mudança deu um gás enorme no setor.

O que acontece é que, com mais lançamentos, a oferta de terrenos e de imóveis já prontos diminui. E, como na lei da oferta e da procura, isso faz com que os preços subam. É como se a disputa por esses imóveis fizesse o valor de mercado disparar.

Esse efeito é ainda mais visível no mercado de luxo e superluxo em São Paulo, que é o maior do país. A revista Forbes publicou uma matéria mostrando que, como está cada vez mais difícil encontrar terrenos no Itaim Bibi, a alta sociedade de São Paulo está de olho em Pinheiros e bairros vizinhos.

Dados de uma consultoria chamada Brain Inteligência Estratégica mostram que, no último trimestre, foram lançados mais de 1.145 imóveis para os super-ricos na capital paulista. E Pinheiros já está na frente, com 26% desses lançamentos, enquanto o Itaim Bibi tem apenas 4%.

E esse cenário, tem se repetido por todo país, inclusive Brasília!

Para quem trabalha no ramo, a grande sacada é aproveitar essa onda. A dica é focar em imóveis que estão supervalorizados, seja os do MCMV para as novas faixas de renda ou os do segmento de luxo e superluxo.

Mesmo com a taxa de juros (Selic) alta, que dificulta um pouco o financiamento, o mercado está cheio de oportunidades. É só ter o imóvel certo para o cliente certo!

Se você trabalha no mercado imobiliário, já notou essa mudança por aí? Ou a gente ainda está em um momento de cautela?